Quando apresentar um novo amor aos amigos e parentes? Faça um check-list
João Luiz Vieira
28/11/2017 04h00
Divulgação
Um amigo disse que tinha o péssimo costume de apresentar contatos novos aos mais chegados, por volta da terceira noite de sexo. Ele, crente que já está namorando, apresenta a novidade aos íntimos no afã de uma nota de aprovação. Erro estratégico absoluto. Você tem de passar por uma série de fases antes de levar um/uma cúmplice para os grandes salões de baile. Vamos a eles:
1. Há a fase do sexo: precisa ser bom ou boa de cara. Da primeira vez passa (ambos podem estar embriagados), mas da segunda em diante a pele tem de gritar.
2. Do jantar a dois: e se a pessoa come de boca aberta, gosta de carne sangrando, e você é vegetariano, ou usa palitinho para tirar fiapos de manga?
3. Da agenda cultural: só vê filme pirata e odeia ir a shows? Gosta de pagode e você de música clássica?
4. Do tato com o mundo externo: destrata velhinhas na rua, chuta cachorros?
Só a partir de uma série de ticagens, e isso pode durar uns quatro meses, deve-se levar para o primeiro jantar com dois dos melhores amigos. Daí abre para mais dois, e assim por diante.
Conhecer sogra, cunhada e sobrinhos alheios? Conte um ano. Se não durar dois encontros, bom, certamente, não era caso de lesbianismo, porque, reza a lenda, duas mulheres providenciam juntar as escovas de dentes já no segundo encontro.
Sobre o autor
João Luiz Vieira, 47, é jornalista, roteirista, letrista e educador sexual, ou sexólogo, como preferir. Ele tem dois livros lançados como coordenador de texto: “Sexo com Todas as Letras” (e-galáxia, fora de catálogo) e “Kama Sutra Brasileiro” (Editora Planeta, 176 páginas). É sócio proprietário do site paupraqualquerobra.com.br e tem um canal no YouTube: sexo_sem_medo.
Sobre o blog
No blog dialogo sobre tudo o que nos interessa para sermos melhores humanos: amor e sexo. Vamos encurtar o caminho entre a dúvida e a certeza, e quanto mais sabermos sobre nós, teremos, evidentemente, mais recursos e controle a respeito do que fazer em situações inéditas ou arriscadas de nossa intimidade. Trocaremos todas as interrogações por travessões. Abra seu cabeça, seu coração e... deixa pra lá.